quarta-feira, dezembro 10, 2014

Uma Formiga do tamanho do mundo

Por Beatriz Rodrigues, Brenno Carvalho, Karen Bandeira e Laisa Gomes 

Wellington Campos começou brincando no rádio, mas já cobriu 8 eventos mundiais



Com mais de 30 anos de experiência, o radialista Wellington Campos fala sobre sua carreira e declara sua paixão pelo rádio. Natural de Formiga (MG), afirma que sua entrada na Rádio Difusora Formiguense foi um divisor de águas na sua vida e grande precursora para a formação de um amplo histórico na área da comunicação. Em uma entrevista concedida ao C9, no estúdio da Rádio Bradesco FM, Campos relembra o começo da profissão e conta as experiências que obteve na cobertura de seis copas do mundo e duas olimpíadas.

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A Bradesco Esportes FM pertence ao Grupo Bandeirantes de Comunicação.
(Foto: Karen Bandeira)
O começo de sua carreira na Difusora foi por um acaso. “O ingresso foi a partir de gravações feitas em uma partida de futsal, uma brincadeira, mas que me proporcionou meu primeiro convite, que me levou à rádio”, contou Wellington.

Sua paixão pelo futebol se tornou sua marca em todos os lugares nos quais trabalhou. Faz parte da equipe da Rádio Itatiaia desde a década de 90 e, atualmente, é correspondente no Rio de Janeiro, cobrindo o cotidiano da CBF, do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), dos clubes cariocas e esportes olímpicos. Além disso, dedica-se à Rádio Bradesco FM, completamente voltada para o esporte e patrocinadora de 22 dos 28 desportos olímpicos desenvolvidos no Brasil.

Ele conta que, por ter trabalhado em uma rádio de interior, adquiriu muito conhecimento e acabou exercendo todas as funções possíveis dentro do setor. Foi repórter, editor e redator, e todas essas experiências contribuíram de forma significativa para sua formação como profissional. Wellington Campos afirma que começou a fazer Jornalismo quando buscou mediar as informações que se mostravam importantes aos habitantes da cidade de Formiga. A partir disso, passou a buscar soluções para os problemas da região.

O ingresso foi a partir de uma brincadeira, mas que me levou à rádio."
| Narrando esportes

Wellington na cobertura de um jogo de futebol para a Rádio Itatiaia.
(Foto: Mundo Azul)
Wellington comenta sobre a dificuldade de narrar os diferentes tipos de esportes. Num evento de projeção internacional, principalmente, faz-se necessária uma interpretação. É preciso perceber e expressar a singularidade de cada esporte, cada detalhe, cada ação. A comunicação se baseia em transmitir informações, e quanto mais clara e simples, melhor é o locutor, o apresentador. “Com o tempo, desenvolvemos essa percepção. Pode ser qualquer evento, você tem que achar algo bem popular e isso vai do olhar e talento de cada um. Você tem que ter uma sensibilidade para informar, já que o que ficará de sua informação será assunto em uma conversa de amigos, de um porteiro e um morador ou uma conversa no bar. Principalmente no esporte”, disse o jornalista.

Além de tudo, o radialista confessa que uma das inovações mais interessantes em seu trabalho foi o novo modo de interação com o público, através das mídias sociais. “Acho muito importante essa forma de interagir, porque te dá a resposta do seu trabalho imediatamente. O que você passa para o ouvinte e o que ele responde; se entendeu sua mensagem, se não entendeu. É assim que vemos essas novas ferramentas, meios que possibilitam o estreitamento da nossa relação com o público. Aqui nós trabalhamos com WhatsApp, Facebook, Twitter e os bons e velhos telefone e e-mail”, declarou ele.

Aqui nós trabalhamos com WhatsApp, Facebook, e Twitter. Acho muito importante essa forma de interagir, porque te dá a resposta do seu trabalho imediatamente."
Wellington Campos traduz seu amor por meio do rádio, expondo como todas as suas facetas foram decisivas para o desenvolvimento e consolidação de sua carreira. Desde cedo foi apaixonado pelo imediatismo do veículo; ouvia vários programas radiofônicos, notícias, músicas, coberturas de esportes – sobretudo futebol – e tudo mais que era oferecido. Ainda que goste de viajar e escrever, Wellington acrescenta que a vantagem do rádio é que jamais um dia será como o outro, é sempre tudo diferente. Diante dessas questões, ele nunca se viu de outra forma, a não ser como radialista.




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